terça-feira, 8 de setembro de 2009

Estudo de Situação Logística

Busca e salvamento – proceder ao salvamento e tratamento médico das vítimas e mobiliza-las para local apropriado.

Recolha de sinistrados – direccionar vitimas do sinistro, mas estabilizadas para locais com condições para as receber, mediante o sistema de triagem.

Evacuação dos sinistrados – evacuação para o local de serviço de campanha da operação e posteriormente para zonas unidades de saúde através de meios aéreos .A evacuação dos feridos do local sinistro, para os hospitais de campanha, será efectuada por todas as estradas disponíveis e que tornem o percurso o mais perto possível da unidade hospitalar.

Itenerários de Reabastecimento



Cadáveres – disponibilização de equipas de recolha, identificação e tratamento e transporte de cadáveres depositados em sacos apropriados. Contempla-se local próprio e distinto para este efeito, sentido de evitar a propagação de uma eventual epidemia dado o elevado numero.


Desalojados – O alojamento será efectuado numa área designada para efeito, contempla a disponibilização de tendas, camas tipo burro, serviços de campanha.

Alimentação – disponibilizada pelos operacionais no campo de desalojados e centros logísticos pré-posicionados.

Agasalhos e artigos de higiene – a distribuição far-se-á em locais próprios e em dias e horas definidas pelo comandante das operações e supervisionada pelas forças de segurança no terreno.

Zona Geral de Apoio Logístico (ZGAL) – é o “Quartel General” do contingente, disponibilizar as condições necessárias a operacionalidade das equipas nas melhores condições de eficiência possíveis.
Hospitais de Campanha – serão instalados na ZGAL, afim de rentabilizar os meios e recursos humanos e materiais disponíveis para a missão.
Equipamento de Campanha, Veículos e Maquinas – serão delineados e enviados para o T.0, mediante as necessidades. O tipo de transporte vária em função do peso e das condições e tipologia dos itinerários de reabastecimento.

A missão da logística é desenvolver e manter o máximo potencial de combate através do apoio aos vários sectores.

Estas missões são cumpridas colocando o pessoal e o material, adequados no local próprio, em tempo oportuno e nas melhores condições de eficiência.

Neste contexto, o pipeline logístico deve conter centros logísticos permanentes para receber, armazenar e enviar equipamento de primeira necessidade para o local do desastre, bem como, plataformas operacionais e pontos de distribuição que são instalações temporárias utilizadas para a distribuição directa aos afectados.


Os procedimentos logísticos são efectuados no antes e após a ocorrência do desastre, afim de garantir, uma melhor adequação ao cenário, sem prejuízo para a disponibilização dos meios e recursos considerados básicos e essências a uma resposta nas melhores condições de eficiência possível.


Antes dos desastres, realizam-se as seguintes actividades:

Aquisição de meios;
Armazenamento de alimentos;
Estudo e marcação de estruturas para a emergência;
Realização de exercícios;
Estabelecimento de acordos;
Inventariação de recursos

Durante a emergência, as actividades desenvolvidas são:

Providenciar mapas úteis para os agentes de protecção civil;
Providenciar material de segurança para os trabalhadores;
Mobilizar equipamento de apoio;
Reparar os equipamentos;
Preparar suporte médico, alimentar e transporte;
Providenciar energia eléctrica;
Providenciar sistemas de comunicação.

Planeamento Logístico de Emergência

O planeamento logístico face a situações de emergência baseia-se no número de pessoas envolvidas, duração da operação, capacidades e gastos, níveis de abastecimentos, estado do material, condições das vias de comunicação e tipo de operação.

Na fase de planeamento e preparação as actividades incidem na aquisição de meios, armazenamento de artigos, estudos de situação e marcação de estruturas para suporte a emergência, realização de simulacros e exercícios, estabelecimento de acordos de cooperações baseado nos princípios de subsidiariedade e inventariação dos meios e recursos quer sejam públicos ou privados.

Na fase de resposta a emergência, as actividades desenvolvidas visam providenciar mapas úteis de situação aos vários agentes de protecção civil no domínio do reabastecimento de meios e recursos de forma a garantir sustentabilidade na operação.
Determinar material de segurança para os trabalhadores, mobilizar equipamento de apoio, reparar e manter os equipamentos, preparar o suporte médico, alimentar e de transporte, bem como, providenciar energia eléctrica e a operacionalidade dos sistemas de comunicação.

Planeamento de Emergência

O planeamento de emergência não é um processo estático e momentâneo, pelo contrário, é um ciclo contínuo de planeamento, treino, exercício e revisão, que tem lugar através das quatro fases do ciclo das catástrofes (prevenção, preparação, resposta e reabilitação).

"É provável que algo de improvável venha a acontecer”
Aristóteles
As estratégias percepção e gestão do risco passam pela adopção de medidas decorrentes do ciclo dos desastres:

Preventivas mitigadoras – gestão do território, códigos construtivos, regulamentos de utilização construtiva, recolocações e legislação;

Preparação – sensibilização e informação pública; planos de emergência; simulacros; exercícios de planos de emergência; protocolos de ajuda mútua; sistemas de alerta e aviso.

Resposta – elaboração de planos operacionais; busca e salvamento; mobilização de recursos; activação de centros de coordenação operacional; avisos e mensagens de alerta; providenciar informação.

Recuperação – restaurar o funcionamento dos serviços essenciais; assistência e suporte financeiro; alojamento temporário; gerir solicitações das populações; programas de aconselhamento; reconstrução das infra-estruturas públicas danificadas.
MARG - Metodologia de Avaliação de Riscos Globais


Os riscos que necessitem de tratamento são priorizados por ordem do seu nível, normalmente decrescente da necessidade de tratamento. As prioridades devem ter em conta as expectativas e valores da comunidade em causa.




Se houver o mesmo nível de risco deve-se ordená-los utilizando métodos como, rácio do nível mais elevado de consequência com nível de probabilidade, bem como, rácio de protecção elevada de vida com protecção da propriedade e do ambiente.

Este ordenamento de riscos, baseado no seu nível providencia apenas uma observação inicial das prioridades em relação ao seu tratamento, essas têm de ser confirmadas ou modificadas durante a fase de tratamento dos riscos.

A comunicação e consulta entre os grupos representativos de “stakeholders” sustentam as decisões em relação à priorização e tratamento dos riscos. Devido à elevada carga informativa existente nesta actividade, um dos métodos mais eficazes é a existência de um observador crítico do processo, que promova o retorno de informação.
Neves, Gomes e Rodrigues (2008)
Análise e Quantificação do Risco

A finalidade da avaliação do risco é a tomada de decisão baseada nos resultados da análise efectuada, em relação aos riscos que precisam de tratamento e respectivas prioridades. Avaliar o risco significa tomar decisões acerca da forma como o risco está a ser gerido, ou se requer tratamentos subsequentes.


Mesmo que as estratégias de tratamento não se justifiquem, o risco deve ser apresentado, assim como a informação acerca das consequências, probabilidade e nível de risco. Á posteriori ele deve ser monitorizado e revisto para ter a certeza que a decisão de não o tratar foi apropriada e correcta.

“Se conhecemos o inimigo e nos conhecemos a nós próprios, somos cem vezes vitoriosos, caso contrário, as nossas batalhas contar-se-ão pelas nossas derrotas.”
Sun Tzu, 496 a.C