domingo, 4 de março de 2012

Riscos Naturais em Ambientes Insulares
Leitura e Reflexão
Daniel Márcio Fernandes Neves

As ilhas são de uma maneira geral muito vulneráveis aos desastre naturais, sobretudo devido às suas reduzidas dimensões às suas reduzidas dimensões geográficas, o que significa que os desastres atingem normalmente proporções devastadoras afectando todo o seu território, à sua localização, em algumas das áreas de maior perigosidade do planeta nomeadamente zonas de actividade vulcânica e sísmica muito intensa, zonas de ciclones tropicais, ou inclusive podendo ser afectadas drasticamente pela subida no nível médio das aguas do mar.

A sua vulnerabilidade depende não só do facto de se situarem em zonas de alta perigosidade mas também por dependerem muitas vezes de poucas e limitadas fontes de riqueza, normalmente a agricultura e o turismo. Dependendo a economia destes territórios de uma única cultura, as fontes de riqueza destas comunidades insulares podem ser severamente afectadas durante meses ou anos por uma catástrofe apenas.

Outra das características importantes da sua vulnerabilidade, sobretudo das ilhas menos desenvolvidas é a impossibilidade de se restabelecerem por meios próprios quando sujeitos a eventos catastróficos e dependerem da ajuda exterior. A fragilidade das suas economias e dos seus recursos impossibilitam muitas vezes o desenvolvimento e a implementação de estratégias e programas de minimização dos desastres naturais.
Um estudo efectuado pela UNDRO nos anos noventa e que classificou os países em função do impacto dos desastres naturais no seu PIB, mostrou que dos 25 países mais afectados por desastres naturais, 13 eram ilhas.

Em suma, ilhas são espaços geográficos que, devido a condicionalismos e especificidades físicas, socioeconómicas e estruturais próprias e intrínsecas à insularidade, possuem um elevado grau de vulnerabilidade e exposição em relação aos desastres naturais. Por conseguinte, os impactes causados por eventos catastróficos são mais notórios no desequilíbrio orçamental de uma economia insular e local, estando os seus decisores cada vez mais consciencializados e sensibilizados para esta temática torna-se fundamental compreensão dos procedimentos de integração da análise de risco em Modelos Territoriais e na definição de Opções Estratégicas de Base Territorial nos Planos de Ordenamento.

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